Vou postar hoje uma de minhas poesias -
Em homenagem aos CTG Desgarrados do Pago - Pontal do Paraná
Gaúcho Urbano
Meiriellen Lunas
Quando vou até a varanda
Na companhia do chimarrão amigo
Fico a relembrar meu querido Rio Grande,
E bate a saudade de meu rincão,
Das geadas nas madrugadas de inverno,
Do reluzente verde das coxilhas no verão.
Volto-me a realidade,
Cá estou eu
Nesta cidade feita de pedras
Mais fria que minhas geadas,
E o único verde que enxergo
É o do mate em minha cuia.
Não me envergonho de minha origem,
E se tu rires de minhas bombachas largas
Firme agarrarei meu lenço,
E sem delongas te direi
Que honro minha tradição,
Que sou descendente de uma raça
Que não se amendronta diante as peleias.
E meu linguajar castelhanado!
Não te incomodes com meu tipo!
Continuarei a dizer “Buenas”.
O “tchê” jamais se calará,
Afinal, esta é minha tarca!
Se te assustares pelo meu falar,
Em tom alto, meio rude,
Podes acalmar.
Apesar de meio bronco,
Muitas vezes sou sutil.
Mostro-lhes nas notas chorosas da viola,
Um pouco mais de sentimento,
Minha voz lhe alcançará
Como um pontaço de lança ao peito
A invadir-lhe a alma,
Até que lágrimas vertam de seus olhos.
Como gaúcho,
Sou bom anfitrião!
Convido-te a sentar a mesa
E saborear um arroz de carreteiro,
Ensopado de ovelha, feijão preto.
E se estivéssemos em meu Rio Grande,
Uma costela no fogo de chão.
E se ainda lá estivéssemos,
Te levaria a conhecer as invernadas,
Sem esquecer do chapéu de abas largas.
Sentaríamos junto a uma roda de chimarrão,
Que sempre se anima ao abrir a gaita,
Numa mistura de bate-esporas e saias rodadas.
Agora pense bem,
Meu querido amigo.
Deveria ter vergonha de minhas bombachas?
Se um dia fores a minha terra,
Esteja certo de ser bem acolhido e respeitado.
Assim então,
Nada lhe custa me respeitar.
Sou um homem de tradição,
Que cultua e cultiva a honra.
Estou longe de minha querência
Porém nunca a abandonei.
Mesmo aqui, em outras terras,
Minhas raízes continuam firmes,
Até que o velho tempo
As arranque de mim.
Meiriellen Lunas
Quando vou até a varanda
Na companhia do chimarrão amigo
Fico a relembrar meu querido Rio Grande,
E bate a saudade de meu rincão,
Das geadas nas madrugadas de inverno,
Do reluzente verde das coxilhas no verão.
Volto-me a realidade,
Cá estou eu
Nesta cidade feita de pedras
Mais fria que minhas geadas,
E o único verde que enxergo
É o do mate em minha cuia.
Não me envergonho de minha origem,
E se tu rires de minhas bombachas largas
Firme agarrarei meu lenço,
E sem delongas te direi
Que honro minha tradição,
Que sou descendente de uma raça
Que não se amendronta diante as peleias.
E meu linguajar castelhanado!
Não te incomodes com meu tipo!
Continuarei a dizer “Buenas”.
O “tchê” jamais se calará,
Afinal, esta é minha tarca!
Se te assustares pelo meu falar,
Em tom alto, meio rude,
Podes acalmar.
Apesar de meio bronco,
Muitas vezes sou sutil.
Mostro-lhes nas notas chorosas da viola,
Um pouco mais de sentimento,
Minha voz lhe alcançará
Como um pontaço de lança ao peito
A invadir-lhe a alma,
Até que lágrimas vertam de seus olhos.
Como gaúcho,
Sou bom anfitrião!
Convido-te a sentar a mesa
E saborear um arroz de carreteiro,
Ensopado de ovelha, feijão preto.
E se estivéssemos em meu Rio Grande,
Uma costela no fogo de chão.
E se ainda lá estivéssemos,
Te levaria a conhecer as invernadas,
Sem esquecer do chapéu de abas largas.
Sentaríamos junto a uma roda de chimarrão,
Que sempre se anima ao abrir a gaita,
Numa mistura de bate-esporas e saias rodadas.
Agora pense bem,
Meu querido amigo.
Deveria ter vergonha de minhas bombachas?
Se um dia fores a minha terra,
Esteja certo de ser bem acolhido e respeitado.
Assim então,
Nada lhe custa me respeitar.
Sou um homem de tradição,
Que cultua e cultiva a honra.
Estou longe de minha querência
Porém nunca a abandonei.
Mesmo aqui, em outras terras,
Minhas raízes continuam firmes,
Até que o velho tempo
As arranque de mim.
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